sexta-feira, julho 07, 2006

“Somália – Pena capital para os que não rezarem.”

“Um alto representante dos tribunais islâmicos somalis (…) defendeu a aplicação de pena de morte a todos os muçulmanos que não respeitarem as orações previstas na sharia (lei corânica). “Aquele que não cumprir as preces será considerado um infiel e a lei islâmica ordena que essa pessoa seja morta”” in PÚBLICO

Tenho total a consideração por todas as fés, convicções e ideologias alheias, porque acredito que com a mesma intensidade que tenho as minhas, outros tenham as deles; portanto a minha indignação não se rege por uma ideologia exacerbada; pauta-se antes pelo respeito pela vida e dignidade humana, que me parece estar cada vez mais em desuso nos dias que correm. Como é que é possível, no sec. XXI, em nome da religião e de um Deus, permitir-se este tipo de actos? Como é possível que Seres Humanos (pouco merecedores desse nome) em nome dessa ideologia ou usando-a para mascarar o seu mau “caractismo”, advenham de altos cargos e apresentem este tipo de coisas? Como é que é possível, no sec XXI as organizações mundiais de direitos humanitários NÃO TEREM AINDA FEITO NADA A ESTE RESPEITO???? Como é possível haver ainda um desrespeito tão grande pela vida humana, pela privacidade do indivíduo enquanto cidadão e detentor de convicções e ideologias próprias? É de facto abominável…

Num território onde a fome, a desgraça, a pobreza são manifestos e aterradores, a preocupação dos detentores de altos cargos são as orações. Nem vou entrar por aí, senão o post ficaria demasiado longo, a lembrar o que já toda a gente sabe.

3 comentários:

Anónimo disse...

E contudo há quem lute por manter a questão da Somália viva no espaço público mundial. Ver por exemplo: Somaliawatch.org

Lembro-me, a propósito, do importante papel do activismo externo na crise de independência de Timor, como, por exemplo, em ETAN.org

A religião é frequentemente instrumentalizada pela política (veja-se o salazarismo, ou a ideologia das campanhas pró-vida na questão da IVG). Por vezes são extremistas minoritários, que alias todas as sociedades possuem, e que portanto não são representativos do conjunto da sociedade e da respectiva cultura.

E por falar em cultura...
Mas fica para outra vez. ;)

Anónimo disse...

Alias, falando de activismo... www.globalissues.org/ www.globalissues.org/about/who/

Anónimo disse...

...quase dois meses de silêncio...
que se passa Alice?...ACORDAAAAAAAA... quero ler-te-me! (pelo menos aqui...)!

estás a fazer falta aos neurónios corroídos com a "morangada" e com a "floribelada" e outros "piores condutores de programas de sempre"... já te tinha dito, mas repito... fico à espera dos teus escritos... já!!!!!!

e não te esqueças de fazer um olhar teu, sobre o Douro, agora que estão em cima da mesa as comemorações dos 250 anos de criação da região demarcada, decretada pelo Marquês de Pombal, um visionário de então...

pedro...