domingo, fevereiro 04, 2007

The Circus in Town II

O ministro Manuel Pinho, aponta como “vantagem competitiva” do país, os baixos salários. Só falta autorizar o trabalho infantil, e já agora acabar com as licenças de maternidade, para que sejamos de facto competitivos…
É alarmante como os nossos representantes se apagam, usando a decadência e miséria do país, como moeda de troca para investimentos estrangeiros.
Mas a culpa não é dele. È nossa, é de todos os eleitores, abstencionistas ou não, que não exigem nem se preocupam com nada a não ser com o próprio umbigo. E mesmo assim mal! Se se preocupassem de verdade, tinham atitudes coerentes e humanas nas suas vidas e reivindicariam muito mais. Particularmente das pessoas em quem supostamente confiam para levar o barco a bom porto, que é como quem diz, pôr o país a andar para a frente.
A verdade, é que para exigir algo de alguém, é preciso antes de mais praticar! No entanto neste lindo país…o que se pratica é tudo menos a coerência, a honestidade intelectual, o respeito pelo próximo, a dignidade, o altruísmo…enfim….E sim…estou a falar do comum dos mortais, e não dos nossos dirigentes, cujos únicos pecados é serem destituídos de inteligência e sabedoria e terem sido postos lá pelos eleitores. É caso para dizer: “bem fazes a cama, bem te deitas nela” quem os pôs lá? Quem vai aguentar com os seus erros e atitudes?
Pena é sermos os únicos países que não aprendem com os erros! Por isso, nas próximas eleições ou no próximo momento em que for preciso ouvir a voz das populações, cometeremos os mesmos erros à espera de resultados diferentes

Um p.s. pequenininho: achei piada a este título: “Campos e Cunha atribui declarações de Manuel Pinho a “dissonância cognitiva” in PUBLICO (e a todo o texto em si, por isso aconselho a leitura)

1 comentário:

pedro pereira neto disse...

A sua personagem no Contra-Informação tem um nome muito a propósito: "Manuelzinho"... Para alem de ser habitual nele a prática do tiro no pé, deprime igualmente observar como tenta encontrar a saída argumentativa fácil para a asneira praticada. Internamente, somos um país progressista, de planos "tecnológicos" (o que quer que isso signifique), de Expos e de TGVs. Externamente, somos a Linda de Suza que trabalha por tuta e meia. Temos os políticos que merecemos: se lá estão, alguem os elegeu.