domingo, fevereiro 04, 2007

The Circus in Town…

Ele é insultos para cima e para baixo, ele é incoerências e comparações escabrosas, enfim, um desfile de adjectivos e advérbios, pouco ou nada, sábios para tentar convencer 11 milhões que digam NÃO ao “aborto”.
Meus senhores:
O que está em causa é a despenalização da prática da interrupção voluntária da gravidez (IVG). Ninguém está a dizer q cada mulher que ficar grávida terá que abortar. Mas isto já todos sabemos. Mesmo assim, continuamos a ouvir e a ler frases arrepiantes acerca do tema que nada têm haver com o objecto do referendo. A titulo de exemplo, podemos mencionar a "Carta à minha
mãe", que raia a insanidade, penetrando nas profundezas cavernosas e depravadas da mente de quem a escreveu.
Algumas considerações:
a) Este assunto já devia estar mais que resolvido;
b) Já não devia ser motivo para se gastarem milhões (nossos), em campanhas ridículas e desinformativas, como podemos observar;
c) O que a lei representará, eventualmente, será a asserção verdadeira de uma realidade que há muito existe, e que, como verdadeiros autistas, teimamos em não ver;
d) Não se pede que valores e princípios (sejam eles quais forem), sejam atropelados, mas sim, que todos sejam respeitados, de acordo com a consciência de cada um.
e)Trata-se de IGUALDADE de direitos, LIBERDADE de opção, capacidade CONSCIENTE para tomar uma decisão.
Enfim…são algumas considerações que devíamos ter em conta.
Meus caros senhores, vamos lá ver se este assunto não se torna no único assunto a ser discutido. Ou seja, vamos lá ver se não desviamos as nossas atenções, do que os nossos representantes andam a fazer. Por exemplo o caso da “mendigagem”do nosso PR e ministro nas suas viagens à china e à índia; ou uma qualquer lei que esteja para ser aprovada, e que mexa com as nossas vidas, mas que não vai ser referendada!!!...
Meus caros senhores, por favor, sejamos coerentes, honestos e dignos do estatuto de ser humano.

1 comentário:

pedro pereira neto disse...

Tenho ouvido outra muito boa: o fantástico exercício de contorcionismo discursivo de Marques Mendes. Segundo este rapaz, de facto, é preciso despenalizar (repito, despenalizar, ou seja, retirar a pena) a prática do aborto, para que as mulheres não seja presas. No entanto, num referendo onde se pergunta "Concorda com a despenalização do aborto" (repito, despenalizaçao, ou seja, retirar a pena), ele defende que devemos votar "não". Hum... quantas acepções existem para o termo "despenalizar"?...